Uma Viagem Memorável! (Continuação 3)
Prova Heavy Varmint
O primeiro alvo da classe HV seria disputado logo em seguida
da finalização da classe LV. Assim que julgaram os protestos (Carl Boswel
assumiu o Bronze e Todd Banks foi para a 4ª posição). A ordem seria a mesma da
parte da manhã. Ou seja, vago, Flávio, Paulo e Pedro.
Com o 5º relay do dia sem atirador, aproveitamos para comer
e recuperar a concentração. Preparamos as armas, desta vez Flávio competiria
com uma arma, enquanto eu e Paulo Otávio iríamos competir com outra. Ambas
armas estavam na ponta dos cascos, assim foi mais questão de preferência e não
ter necessidade de alterar ajustes.
No 6º relay, Flávio assumiu a bronca de atirar num momento
que o vento ainda era ingrato. Resultado 243-8x. Foi um bom resultado dadas as
condições do clima. Ficando à frente do campeão da classe LV, Cobus Viljoen, 2º
Peter Grundlingh, do 3º Carl Boswel.
No 7º relay, Paulo Otávio voltou a atirar com condições
difíceis conseguiu um bom resultado de 241-5x, talvez um pouco prejudicado
ainda pelo fator emocional.
No 8º relay, eu atirei e apesar das condições ainda estarem
difíceis consegui uma boa pontuação: 243-12x
A ponta da tabela era ocupada pelo Italiano Gianpietro
Mazzolari, pelo pequeno Abdul Lababedy, pela americana Vipha Muller e pelo
finlandês Tomi Korpi.
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Figura 20 - Classificação Individual da Classe HV após 1
alvo
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Figura 21 - Classificação por equipes da Classe HV após 1
alvo
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Fomos dormir com as seguintes classificações:
Pedro 9º
Flávio 11º
Paulo Otávio 22º
Time Brasil 2º
Nada mal!!! Esse resultado deu uma injeção de ânimo no time,
e criou um sentimento interessante: naturalmente todos os atletas entenderam
que a força estava no conjunto! E que apesar dos bons resultados individuais, o
foco principal era a equipe!
Ao final do dia, pudemos recolher nossos alvos da categoria
LV. E durante a noite analisamos os alvos. Nosso vizinho de alojamento era o
Chris Nocente, responsável pela apuração dos alvos. A apuração dos alvos foi
muito boa, e praticamente antes de finalizar o relay seguinte, todos os alvos
estavam apurados e fixados na parede. Segundo Chris, os sul-africanos já usavam
o sistema a quase 2 anos e tinham total confiança nele. Também Chris disse que
as dúvidas surgiam mais nos alvos das bordas. Ok. Lição aprendida.
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Figura 22 - Imagem de um alvo apurado pelo sistema
computadorizado
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À noite analisamos os alvos e percebemos alguns erros de
apuração. O sistema não era perfeito. Tive um alvo apurado como 9 que era
claramente um 10. Isso poderia elevar meu posicionamento de 63 para 50! Mas
infelizmente confiamos no sistema e não prestamos a atenção devida e perdemos a
janela para protestos. Lição aprendida!
Ao final do dia acorreu a premiação da Classe LV, com o
grande Campeão o Sul-africano Cobus Viljoen, em segundo lugar o também sul-africano
Peter Grundlingh e em terceiro o britânico Carl Boswel
Individual
1º
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Cobus Viljoen (SAF)
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738-30x
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Steyr LG110
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2º
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Peter Grundlingh (SAF)
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735-29x
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Walther LG400
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3º
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Carl Boswel (GBR)
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735-19x
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Atamam
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Por Equipes
1º
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Austrália A
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2194-59x
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Annete Rowe, Greg
Schneider, John Patzwald
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2º
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Estados Unidos A
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2189-61x
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Todd Banks, Matt
Lababedy, Doug Muller
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3º
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África do Sul A
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2189-59x
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Stefan Viljoen,
Junior Koegelenberg, Paul Van Gass
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Figura 23- Cobus Viljoen
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Figura 24 - Peter Grundlingh
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Figura 25- Carl Boswel
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Figura 26- Pódio Ar Comprimido Individual da Classe LV
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Figura 27- Pódio Ar Comprimido por equipes da Classe LV
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Jantamos e ficamos conversando um pouco, mas logo a maioria voltou
para o Hotel ou para o alojamento.
Acordamos cedo para o terceiro dia de competições. Novamente
com boas possibilidades. Corremos para o quadro para verificar como tinha sido
o sorteio de distribuição de mesas. Neste dia eu iria iniciar os trabalhos,
seguido por um intervalo, depois Flávio e por último Paulo Otávio.
Neste terceiro dia o vento estava um pouco mais ameno, e o
fato das armas HV terem mais energia, ficou um pouco mais tranquilo pela manhã.
Resultado: na primeira bateria do dia emplaquei um belíssimo 246-10x.
No 3º relay, Flávio conseguiu outro bom resultado, um
244-9x. e no 4º relay, Paulo Otávio vinha fazendo uma prova muito boa, seria
para 247+, porém na última linha ele perde 3 pontos fazendo um 245-7x.
Depois
descobrimos que Paulo Otávio deu mais de 80 tiros, e a arma ao final não estava
mais com pressão na região regulada. Nesta mesma bateria o sul-africano Stefan
Viljoen, emplacou um 250. O segundo da competição.
Ao final do segundo cartão as posições eram:
Pedro Ashidani 4º
Flávio Vieira 9º
Paulo Otávio 15º
Time Brasil 1º
WOW!!!
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Figura 27- Resultado Ar Comprimido Individual da Classe HV
após 2 cartões
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Figura 28- Resultado Ar comprimido por equipe da Classe HV
após 2 cartões
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O estande pelas suas dimensões apresentava ventos com comportamentos
e intensidades distintas conforme o local e a hora do dia. Pela manhã ventava
mais do lado esquerdo, e menos do lado direito. No meio algo intermediário. À
tarde ventava mais do lado esquerdo, menos no direito.
Novamente eu seria o primeiro a atirar. Conforme estava me
preparando o vento foi aumentando, aumentando.... Fiz a prova... acabei
esgotado. Muito difícil, mas não desisti em nenhum momento, sempre lembrando
que qualquer ponto seria importante para o time. Mas foi muito difícil. Muitas rajadas
repentinas.
Fiquei apertado no tempo e tive que arriscar. Pela luneta estimei
um 238. Assim que acabei, virei e pedi desculpas aos companheiros de time. Mas
tinha feito meu máximo. Após a apuração foi um 240-10x.
No 7º relay foi a vez do Flávio. Novamente uma condição do
cão! A arma do Flávio ainda estava com o cano chumbando. Ele limpava com
pellets a arma atirava bem, logo ficava ruim. Resultado: 238-5x
Fizemos as contas e percebemos que os EUA A e B haviam nos
ultrapassado e estávamos empatados em 3º com a África do Sul. Pela África do
Sul iria atirar Stefan Viljoen, que havia feito 250 pontos no alvo anterior e
carregava o título de campeão mundial de Field Target. Muita pressão no Paulo
Otávio. Eu como pai estava mais nervoso, para variar.
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