sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Uma Viagem Memorável! (Continuação 3)

Uma Viagem Memorável! (Continuação 3)



Prova Heavy Varmint




O primeiro alvo da classe HV seria disputado logo em seguida da finalização da classe LV. Assim que julgaram os protestos (Carl Boswel assumiu o Bronze e Todd Banks foi para a 4ª posição). A ordem seria a mesma da parte da manhã. Ou seja, vago, Flávio, Paulo e Pedro. 

Com o 5º relay do dia sem atirador, aproveitamos para comer e recuperar a concentração. Preparamos as armas, desta vez Flávio competiria com uma arma, enquanto eu e Paulo Otávio iríamos competir com outra. Ambas armas estavam na ponta dos cascos, assim foi mais questão de preferência e não ter necessidade de alterar ajustes.

No 6º relay, Flávio assumiu a bronca de atirar num momento que o vento ainda era ingrato. Resultado 243-8x. Foi um bom resultado dadas as condições do clima. Ficando à frente do campeão da classe LV, Cobus Viljoen, 2º Peter Grundlingh, do 3º Carl Boswel.

No 7º relay, Paulo Otávio voltou a atirar com condições difíceis conseguiu um bom resultado de 241-5x, talvez um pouco prejudicado ainda pelo fator emocional.

No 8º relay, eu atirei e apesar das condições ainda estarem difíceis consegui uma boa pontuação: 243-12x
A ponta da tabela era ocupada pelo Italiano Gianpietro Mazzolari, pelo pequeno Abdul Lababedy, pela americana Vipha Muller e pelo finlandês Tomi Korpi.


Figura 20 - Classificação Individual da Classe HV após 1 alvo


Figura 21 - Classificação por equipes da Classe HV após 1 alvo




Fomos dormir com as seguintes classificações:

Pedro 9º

Flávio 11º

Paulo Otávio 22º

Time Brasil 2º


Nada mal!!! Esse resultado deu uma injeção de ânimo no time, e criou um sentimento interessante: naturalmente todos os atletas entenderam que a força estava no conjunto! E que apesar dos bons resultados individuais, o foco principal era a equipe!

Ao final do dia, pudemos recolher nossos alvos da categoria LV. E durante a noite analisamos os alvos. Nosso vizinho de alojamento era o Chris Nocente, responsável pela apuração dos alvos. A apuração dos alvos foi muito boa, e praticamente antes de finalizar o relay seguinte, todos os alvos estavam apurados e fixados na parede. Segundo Chris, os sul-africanos já usavam o sistema a quase 2 anos e tinham total confiança nele. Também Chris disse que as dúvidas surgiam mais nos alvos das bordas. Ok. Lição aprendida.



Figura 22 - Imagem de um alvo apurado pelo sistema computadorizado


À noite analisamos os alvos e percebemos alguns erros de apuração. O sistema não era perfeito. Tive um alvo apurado como 9 que era claramente um 10. Isso poderia elevar meu posicionamento de 63 para 50! Mas infelizmente confiamos no sistema e não prestamos a atenção devida e perdemos a janela para protestos. Lição aprendida!

Ao final do dia acorreu a premiação da Classe LV, com o grande Campeão o Sul-africano Cobus Viljoen, em segundo lugar o também sul-africano Peter Grundlingh e em terceiro o britânico Carl Boswel

Individual



Cobus Viljoen (SAF)
738-30x
Steyr LG110
Peter Grundlingh (SAF)
735-29x
Walther LG400
Carl Boswel (GBR)
735-19x
Atamam




Por Equipes


Austrália A
2194-59x
Annete Rowe, Greg Schneider, John Patzwald
Estados Unidos A
2189-61x
Todd Banks, Matt Lababedy, Doug Muller
África do Sul A
2189-59x
Stefan Viljoen, Junior Koegelenberg, Paul Van Gass



Figura 23- Cobus Viljoen


Figura 24 - Peter Grundlingh


Figura 25- Carl Boswel

Figura 26- Pódio Ar Comprimido Individual da Classe LV


Figura 27- Pódio Ar Comprimido por equipes da Classe LV


Jantamos e ficamos conversando um pouco, mas logo a maioria voltou para o Hotel ou para o alojamento.
Acordamos cedo para o terceiro dia de competições. Novamente com boas possibilidades. Corremos para o quadro para verificar como tinha sido o sorteio de distribuição de mesas. Neste dia eu iria iniciar os trabalhos, seguido por um intervalo, depois Flávio e por último Paulo Otávio.

Neste terceiro dia o vento estava um pouco mais ameno, e o fato das armas HV terem mais energia, ficou um pouco mais tranquilo pela manhã. Resultado: na primeira bateria do dia emplaquei um belíssimo 246-10x.

No 3º relay, Flávio conseguiu outro bom resultado, um 244-9x. e no 4º relay, Paulo Otávio vinha fazendo uma prova muito boa, seria para 247+, porém na última linha ele perde 3 pontos fazendo um 245-7x. 

Depois descobrimos que Paulo Otávio deu mais de 80 tiros, e a arma ao final não estava mais com pressão na região regulada. Nesta mesma bateria o sul-africano Stefan Viljoen, emplacou um 250. O segundo da competição.

Ao final do segundo cartão as posições eram:

Pedro Ashidani 4º

Flávio Vieira 9º

Paulo Otávio 15º

Time Brasil 1º

WOW!!!


Figura 27- Resultado Ar Comprimido Individual da Classe HV após 2 cartões


Figura 28- Resultado Ar comprimido por equipe da Classe HV após 2 cartões


O estande pelas suas dimensões apresentava ventos com comportamentos e intensidades distintas conforme o local e a hora do dia. Pela manhã ventava mais do lado esquerdo, e menos do lado direito. No meio algo intermediário. À tarde ventava mais do lado esquerdo, menos no direito.

Novamente eu seria o primeiro a atirar. Conforme estava me preparando o vento foi aumentando, aumentando.... Fiz a prova... acabei esgotado. Muito difícil, mas não desisti em nenhum momento, sempre lembrando que qualquer ponto seria importante para o time. Mas foi muito difícil. Muitas rajadas repentinas. 

Fiquei apertado no tempo e tive que arriscar. Pela luneta estimei um 238. Assim que acabei, virei e pedi desculpas aos companheiros de time. Mas tinha feito meu máximo. Após a apuração foi um 240-10x.

No 7º relay foi a vez do Flávio. Novamente uma condição do cão! A arma do Flávio ainda estava com o cano chumbando. Ele limpava com pellets a arma atirava bem, logo ficava ruim. Resultado: 238-5x

Fizemos as contas e percebemos que os EUA A e B haviam nos ultrapassado e estávamos empatados em 3º com a África do Sul. Pela África do Sul iria atirar Stefan Viljoen, que havia feito 250 pontos no alvo anterior e carregava o título de campeão mundial de Field Target. Muita pressão no Paulo Otávio. Eu como pai estava mais nervoso, para variar.


Figura 29- O Estande

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